É que a gente acha que acostuma com a presença do outro. Ri quando percebi os fios ruivos da barba preta e adotei o meu bonequinho. É como se ele tivesse nascido pra ser um bonequinho e eu decidi guardá-lo em um pote.
Mas não tem problema porque se a minha mãe sempre dormiu muito e não gosta de acordar antes das 10h no fim de semana, ele ganha dela. Ele era a carona e eu era o despertador. "Vamos, Felipe. Acorda logo. Te ligo em 15 minutos".
Ele era o broto e eu a chatinha. "Ai, Marina, lá vem você". E mesmo quando eu contava sobre o outro lá, ele falava pra ir com calma. Depois ria de mim. Gosto da risada dele. E lembrei-me do riso na maior escada rolante já vista, lá na CNN. "Pro Felipe, com certeza, é aqui". E foi pra ele que tirei a foto de uma obra do Roy e guardei uma folha de outono do Central Park.
Foi para quem eu liguei e conversei mil horas sobre o próximo semestre. Foi quem me comprou a primeira garrafa de cerveja. É quem me zoa com Cortezano, é quem trabalhou comigo no Carnaval passado e ainda teve pique pra sair de madrugada. É quem me ligava quando vinha cortar cabelo perto da minha casa.
Atravessou as fronteiras. Deixou os brotos de coração partido. Quer dizer, superbonder cola, amigo. E isso é só saudade.
(quero mais é que você seja feliz. quero saber dos novos olhares, das novas comidas e do salmão)
Mesmo porque você tá aqui do meu lado, rindo com a barba semi-ruiva, morrendo de sono e divagando sobre a minha maluquice de querer rodar o mundo.
Devo, não nego, pago agora:
- Para cozinhar:
Culinária
Masculina
Homem na cozinha
Cuecas na cozinha
- Para ficar com vontade, planejar e ir:
Pronto. Agora vá viver feliz!
2 comentários:
Ai, g-zuz... Meu coração doeu agora. Mas já já aquele xarope tá de volta!
Adorei o texto!
WTF, Lady!? What's going on?
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