(ou Quantas sílabas poéticas cabem debaixo das unhas)
O amor é coisa pra dentro, meu bem
não ensaboa toalhas, mas faz espuma
Se a menina enfeitar os cabelos com claves de sol
O amor fica
O amor vai
O amor é loucura tenra, meu bem
não faz paçoca, mas pisa a carne
Se a menina enluarar o perfume das ancas
O amor fica
O amor vai
As lavadeiras do rio Tejo tinham métrica nos beijos
As lavadeiras do rio Nilo jogavam versos aos crocodilos
As lavadeiras de minha rua não rimavam quando faziam amor
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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4 comentários:
Se estivesse dentro de um dos discos do Tom Zé, estudando o Samba ou o Pagode, Cantiga de horas vagas só não seria um título apropriado. O resto não é só resto.
muito bom
poema mais bom de tds os blogs.
rá!
olha, me emociona tanto isso, q vou trascrever pro meu (blog)... se achar ruim diz, q eu copio só prum caderno e fim.
=*
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