quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Do H sem agá ou do grande nada que tudo é

De camelo?

Melhor a gente ir de all star, porque eu sou medrosa e não sei se o que vale mais é o bolor ou são os buracos do queijo.
De qualquer forma, levemos pão.

Anda tudo parado, não é?

É.
E é por isso que eu vou ficando. Eu e meu sorriso amarelo.
E veja você, que ainda ficando eu me perco.
Não sei o porquê.
Eu nunca sei, ou sei e não me lembro, que dá no mesmo de não saber.

Mas sempre tem gente que fala por mim.
Acham que eu não penso bem.
E como é que vão saber se como aquele gato do poema, eu sou muda também?

O H é mudo e pensa.
O H pensa e transgride.
Basta olhar, se é que você não entende: o ele tem L, o eme tem M, o A é a e pronto.
O agá, nem H tem.

Eu posso ser assim também?
Viver sendo sem ter-me em?
Viver por aí sem estar nunca dentro de mim.

Se for, os buracos ganharam do bolor.
E eu posso ser muda nas mais das vezes.


Transgressão muda vale meia ou vale duas?

Vamos de all star e adidas, então.
Eu levo o queijo minas.
Tradicionalíssimo, sem buraco nem bolor.
E a toalha de quadradinhos.

E você, você tenta entender.
Você tenta gostar.
Vê se leva também, uma boa soma de respostas.
E na hora do medo, você me abraça.

2 comentários:

ana rita disse...

penso muito em como se escreve H
agá
agá
agá?
não,não acho que deveria ser AGHÁ
o h sendo nele mesmo, mas mudo, como quem só aparece para quem tenta desvendá-lo, para quem para e presta atenção. O H não se mostra assim, ele está escondido nas entranhas dele mesmo, como a maioria das gentes.
Creio que já houve o tempo em que o H era subversivo talvez ele começa-se o alfabeto assim HA. Deve ter incomodado muita letra com seu jeito diferente. Então, como todos os incomôdos, ele foi desprezado. Cogitaram seu fim, mas ele acordou em ser quieto, assim como duas torres indiferentes.

E depois de tudo ainda me pergunto, com aqueles olhos de criancinha de 5 anos, qual era o som do H?

Anônimo disse...

orgias.


lindo aqui.