sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

a gente é fraco, cai no buraco


Vovó diria que é castigo. Deve ser, selecionei demais.

Fiz a quem me quis o que a coração algum se faz.

Muito fria

E oca

Geladeira vazia

Pago agora com correção monetária

Juro

Despejando agora todo o meu amor

Em um congelador

Nem mentiras ouço de sua boca

Mais fria

Mais oca

Mais vazia

Que a minha
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algumas coisas andam, andam, e voltam pro mesmo lugar.
outras não.
algumas pessoas ficam pra sempre na mesma posição.

5 comentários:

Morganna disse...

insistem em ficar. as pessoas e as ausências.
e essa minha mania ter encontrar ausência em tudo que leio. uaaah.
:*

Tay disse...

já disse que me apaixono por suas poesias... portanto sou suspeita.

mas essa é linda.
acredita em mim.=p

Anônimo disse...

há. vc quer saber se atrapalhou o autor? pois bem, se estou aqui comentando é pq me desviei da minha rotina diária pra ler o seu blog mais uma vez. a primeira com pressa depois do primeiro comentário.

interessante suas letrinhas. o meu brog tá meio decrépto, mais pra lá do que pra cá. será que a gente tem assunto pra escrever depois de 5 anos? não sei... uma boa parte se esgotou.

pelo visto vc ainda tem umas letrinhas fresquinhas aí, faça bom proveito :)

L. L. disse...

isso ficou lindo.

Anônimo disse...

"desdem calculado", manja?
faço pouco caso, mas no fundo adoro o blog e sempre haverá o que escrever. sacomé, o tédio é o mal desse século de invencionices. a gente abusa dessa postura como outrora o povo abusava da tristeza. ainda se abusa da tristeza, fazeroquê?

desculpa, não foi minha intenção te deixar falando sozinha. é que poucas vezes me comuniquei com o mundo externo de bloggers.

e você tem bem muita razão ao afirmar que as coisas velhas se atrapalham por si sós.