a esquina vira sozinha nas entoadas dela
bela
bela
bela époque
ela
ela
ela cantava,
dançava,
trabalhava assobiando
assobio é coisa de homem!
mas as mãos dela nunca souberam de cordas
nem diapasão,
só sopro
só
só
num desamparo, desespero
que ela levava bem que
nem zunido de bolsa rodando
domingo, 2 de março de 2008
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7 comentários:
hahhaahahah! achei o último verso bem divertido. mas tem alguma coisa nesse poema que quebra o ritmo de maneira inconveniente, acho que são os versos longos alternados com os curtos; dá um incômodo na gente.
(mas eu tb voto pelo incômodo)
apesar de ter passado 5 anos no curso de letras (e de não ter concluído por desleixo) eu não me habituei à poesia.
não é de meu costume ler, ou procurar ler poemas.
prefiro quando eles vêm até mim de forma inesperada, que assim eu não tenho obrigação de gostar ou não, de opinar ou não.
mas deste eu gostei.
uma pergunta: onde você encontrou o meu blog?
Morena, 26a, só para homens exigentes. E assobio.
também voto no incômodo, mas realmente acho que poderia ter encurtado alguns versos. A busca de ritmo ainda me angustia um bocado
queria aprender a assobiar. :B
faz bico, dobra levemente a língua e assopra. Comigo funciona
de nenhuma maneira dá certo comigo.
dizem que é genético, isso de saber assobiar.
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