De dia
Amarrava a fita métrica no cabelo
Requentava uns dois ou três versos pro marido
No rádio, tocava uma catarse qualquer
Enquanto ela batia os ovos pro bolo
De noite
Vestia a estrófe mais vermelha
Pegava o cabo da metonímia
Matava e enterrava o marido com clara em neve
E saia toda prosa pela rua
Um comentário:
Ana, se rimasse, seria uma marchinha! Bom.
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