sábado, 31 de maio de 2008

Noite qualquer

A gente prefere se trancar num silêncio estremecedor
Deixar o não-acontecer dominar o estonteante
Mas, isso não importa, não faz falta e nunca fez

Aprofundar-se é um problema
Atente-se ao modelo de mercado
(Deixe-o aos idealistas, aqueles seres desprezíveis)

Corpos vazios
Pairam pelo ar
Atravessam-se e utilizam-se
Num indiferente individual
Copos e corpos
Efeitos
Efêmeros

E, ainda assim, prefiro uma boa conversa

2 comentários:

pit disse...

Deixar o não-acontecer dominar o estonteante



foi bacana,isso.

Flávio A disse...

mas esse negócio do "não-acontecer" parece tão entendiante quando lido isoladamente. vai ver é por isso que está junto do resto do texto, hohoho!

*viaja na maionese*