quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

querida astácia,

Tenho me sentido como uma infanta que fosse ao baile de combinação.
Entende?
Não é simplesmente inadequado, é como algo que no intento de não ser mais ou menos bom terminou muito mal.
Culpo a alma desses meus tempos de descompasso.
Outra coisa: sempre que paro, me pergunto, sem resposta qual será a dessa nossa cordialidade. Deveríamos ser mais irritadas ao badalar dos vinte anos, não?
Tenho pensado em você.
Quando do nosso próximo encontro te cuspo na cara só pra sentir a reação.
Não me decepcione, espero sempre os piores rugidos de ti.
Quero não sei o que, porque não aconteceu ainda. A gente deveria fazer uma coisa querível.
A gente pode, não pode?
Querer o impossível é fácil porque a gente sabe que não vai chegar lá.
Eu quero alcançar alguma coisa.

Uma última coisa:
Que me desculpem o maestro e o poetinha, mas em 2008 fez 200 anos a minha impaciência com essa bossa que ainda está por aí.

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