quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Notícias sem sorriso

Dear Watson tirou uns dias para tomar chá, visitar museus e ver espetáculos. Mandou notícias: disse que lembrou-se de mim quando nevou e que Londres ainda é sua cidade preferida. Well, my dear, you're an english man.

E como ele se foi, fiquei com a impaciência como companheira. Quase uma francesa sem café. Não aguento mais meu Ipod e tampouco o sol que insiste falar que 'moro num país tropical'. Mané trópicos, estou para o inverno do norte.

Perguntaram três vezes se entrevista tem que ser pessoalmente. Ainda mais para tv. 'Não, amigo. Pode ser por telepatia. E se você gostar de biologia (que era a matéria mais sonolenta, mas com os melhores termos), a gente faz por osmose'.

Paciência é a mãe. E teve um dia, antes dos dias de fraqueza que me deixaram de cama, que saí cedinho. Deu para descobrir o céu, adivinhar o que tem atrás das nuvens e brincar de seguir o rastro do aviador.

Mas ainda falta aparar a grama, mexer no banco, comprar bota, pegar correspondência, passar no 16o andar, fingir sorrisos, fingir para o mundo e esperar mais cinco meses. E como ando cansada de frescura e enrolação, paro aqui.

3 comentários:

Flávio A disse...

você está muito amarga. desse jeito o dear watson não volta mais!

Anônimo disse...

na verdade, eu ando normal. cansada do mundo, ué.

ana rita disse...

marina,
tava achando os textos anteriores meio aguados, mas esse veio bem gostoso de ler. Tava com saudade do Dr. Watson! Adorei isso de seguir o rastro do aviador. Muito bom.